O ex-mecânico Marcos Mariano da Silva, de 63 anos, que passou 19 anos preso injustamente, morreu no início da noite de terça-feira (22) em sua casa no Recife. Ele teve um enfarte durante o sono, algumas horas depois de saber que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia negado recurso do governo de Pernambuco e determinado o pagamento da segunda parcela de uma indenização por danos materiais e morais. O valor total da indenização era de R$ 2 milhões. Ele já havia recebido metade em 2009. Segundo o Estadão, o ex-mecânico foi preso, acusado de homicídio, em 1976, e solto seis anos depois, em 1982, quando o verdadeiro culpado foi preso. Três anos depois, em 1985, Mariano foi parado numa blitz quando dirigia um caminhão e acabou voltando à prisão porque, por um erro de comunicação entre órgãos do governo, ele constava como foragido. Marcos Mariano levou mais 13 anos na cadeia, onde contraiu tuberculose e ficou cego ao ser atingido por estilhaços de bomba de gás lacrimogêneo jogada pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar durante uma rebelião no Presídio Aníbal Bruno. Somente em 1998, um mutirão judiciário reconheceu a injustiça e ele foi solto em 1998, quando entrou com a ação judicial contra o governo do Estado. Desde então, diante da pressão da opinião pública, passou a receber uma pensão mensal de R$ 1 mil do governo pernambucano, suspensa em 2009, quando recebeu a primeira parcela da indenização. Seu corpo foi sepultado nesta quarta-feira (23), No Cemitério de Santo Amaro.
Fonte: Rede Brasil de Brasil
Postado por Calazans Silva
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