Três deficientes visuais ficaram por mais de três horas retidas em um ônibus da linha Itabuna-Buerarema, hoje, após reivindicar e não obter gratuidade da Rota Transportes para a viagem. Ana Lúcia da Hora, Jamile Pimentel e Ione Pereira dizem que uma lei federal asseguraria a gratuidade. A lei, porém, ainda não foi regulamentada. A confusão começou às 14h30min, no ponto da CNPC, no centro de Itabuna, quando o motorista negou-se a seguir viagem sem que Ana Lúcia, Jamile e Ione pagasse. Os demais passageiros seguiram em outro ônibus. Uma viatura e cinco policiais militares foram acionados pelas deficientes, mas a solução veio três horas depois, após longa conversa entre polícia e advogados dos deficientes e da Rota Transportes. Uma reunião para discutir a gratuidade foi agendada para a próxima segunda (13). Deficientes visuais reuniram-se com representantes da empresa na última terça (7), mas a Rota teria optado por manter a cobrança de tarifa até a Justiça analisar a questão. Ana Lúcia alega que a linha entre Itabuna e Ilhéus, de 18 quilômetros, tem características similares às semi-urbanos (tarifa única e catraca), o que motivou a manifestação pela gratuidade. “A empresa não tem nenhum compromisso social”, revoltou-se. Segundo os advogados Tarso Soares e Poliana Costa, da Rota Transportes, nem a legislação nacional nem a estadual prevêem gratuidade aos deficientes visuais em linhas intermunicipais. “Eles (deficientes) têm uma associação, representatividade forte em Buerarema que já tentou convencê-los de que não há essa gratuidade”, observou Tarso Soares.
Fonte: pimenta
Postado por Calazans Silva
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