A Bahia não voltará a ser um estado de paz, enquanto a questão da segurança pública não se transformar em prioridade de governo. Essa a principal lição a se aprendida com a greve da Polícia Militar, que por dez dias trouxe insegurança e medo a cidades da Bahia.
Todo governante tem um demônio a vencer, o de Fernando Henrique foi a inflação, o Lula a miséria do povo, e ambos saíram vitoriosos. O demônio do governador Jaques Wagner é a violência que se alastra pela Bahia e da qual a greve dos policiais é um sintoma.
Mas na Bahia, que se tornou um dos estados mais violentos do país, há algo mais a ser feito. O demônio de Jaques Wagner é a segurança pública, um capeta de tamanha malignidade que fez de Salvador a quarta cidade mais violenta do país. Wagner precisa ele mesmo, domar esse demônio, senão entrará para a história como o governador que entregou a Bahia aos bandidos.
Wagner tem de tomar a si gestão da segurança pública na Bahia, despachar diretamente com o comandante da polícia militar, como, aliás, fazia o ex governador Paulo Souto, para sentir diretamente os anseios da tropa.
Wagner precisa ampliar os recursos para a segurança pública na Bahia. Não é possível que o orçamento de 2012 destine R$ 2,7 bilhões para segurança pública, que possui cerca de 5 mil funcionários e reserve mais de R$ 600 milhões para os 63 deputados da Assembléia Legislativa, o palco da invasão.
Wagner precisa tomar a si a gestão da segurança pública na Bahia, viabilizando o aumento do contingente de policiais, melhorando o nível salarial dos policiais, aumentando o investimento em equipamentos, procedendo a substituição acelerada dos antigos policiais por novos quadros concursados; e estabelecendo a tolerância zero para com a criminalidade e o tráfico de drogas.
Esse o demônio que Wagner tem de vencer, se não o fizer, as chamas da violência vão continuar incendiando a Bahia e, terminarão, sem dúvida, por chamuscar o governador.
Postado por Calazans Silva
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