O governo suspendeu a
licitação para contratar empresa para fazer o bloqueio de sinal de celulares
nas cadeias do Rio. O problema, que parece meramente burocrático, no entanto
revela uma realidade preocupante: os equipamentos para impedir que detentos façam
ligações de dentro dos presídios já deveriam ter sido instalados no ano
passado. Os que existem estão defasados e, em sua maioria, não funcionam.
Enquanto a concorrência pública não ocorre, algumas unidades estão com sinal
liberado, principalmente no Complexo de Gericinó, em Bangu. Em algumas delas
há, inclusive, um ‘comércio’ de venda de celulares, com preços que podem chegar
a R$ 6 mil. “Muitos (bloqueadores) não funcionam, dando franca possibilidade de
uso normal do telefone. Por que o preso pede para trazer o celular? Porque ele
sabe que tem sinal”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores da
Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Francisco Rodrigues. A
constatação dele tem razão. Somente este ano, 331 celulares — uma média de 110
por mês — já foram apreendidos no sistema penitenciário do Rio, sendo que
apenas dez estavam com visitantes. O restante foi encontrado nas celas e
galerias. O efetivo carcerário, atualmente, é de 42.462 internos
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