segunda-feira, 30 de março de 2015

Maioria das grávidas não ingere nutrientes necessários ao feto



A gravidez é momento de muitas preocupações com a saúde. Entre elas, deve estar o consumo de alimentos ricos em ômega 3, que auxiliam no desenvolvimento físico e mental do bebê. Porém, estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, detectou que 73% das gestantes não comem as quantidades recomendadas da substância, presente em alguns peixes e vegetais. Para a obstetra Carla Kikuchi, do Hospital Santa Joana, São Paulo, o ômega 3, segundo pesquisas recentes, influi de diversas maneiras na gravidez. “Ele pode ajudar na formação da retina do feto e também estaria associado a um menor risco de parto prematuro”, diz.  Os canadenses apontam participação da substância na formatação da placenta. Já Guilherme Loureiro, chefe de medicina fetal da Pro Matre Paulista, afirma que grávidas que consomem ômega 3 tendem a ter filhos mais inteligentes. “O nível cognitivo é até 30 % maior do que em bebês cujas mães não o utilizaram”, explica o médico.
A alimentação de uma grávida deve ser balanceada, rica em vitaminas, cálcio e ferro. A prescrição de uma dieta precisa ser individualizada, alerta Carla. “É necessário saber o que a gestante come normalmente, sua rotina, para encontrar as opções mais adequadas a cada mulher”, argumenta.
Em alguns casos, a dieta não dá conta das necessidades da mulher, exigindo o uso de suplementos de ômega 3. “Gravidez de alto risco, por exemplo, pode aumentar em até dez vezes a necessidade de consumo de determinadas substâncias e isso só se alcança com reforço”, diz.
Peixes de águas profundas, como sardinha, truta e salmão, são a principal fonte de ômega 3. Soja e vegetais verde-escuros, casos do brócolis, couve e espinafre, completam a lista. “O ideal é inserir esses peixes em duas ou três refeições por semana e associar os outros alimentos na dieta”, conclui.
Ácido evita vários males
Outra substância que deve estar presente na alimentação das gestantes é o ácido fólico, também chamado de vitamina B9. O elemento ajuda na formação do sistema nervoso do bebê, prevenindo doenças como a espinha bífida.
“O ácido fólico evita alterações no fechamento do tubo neural do embrião, que gera problemas na formação da coluna vertebral do bebê”, explica a obstetra Carla Kikuchi.
Em gestações planejadas, recomenda-se o aumento do consumo de alimentos ricos na vitamina 30 dias antes e até o terceiro mês de gravidez. As principais fontes de ácido fólico são fígado, leguminosas, como lentilha e feijão, e vegetais verde-escuros.

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