A gravidez é momento de
muitas preocupações com a saúde. Entre elas, deve estar o consumo de alimentos
ricos em ômega 3, que auxiliam no desenvolvimento físico e mental do bebê.
Porém, estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, detectou que 73% das
gestantes não comem as quantidades recomendadas da substância, presente em
alguns peixes e vegetais. Para a obstetra Carla Kikuchi, do Hospital Santa
Joana, São Paulo, o ômega 3, segundo pesquisas recentes, influi de diversas
maneiras na gravidez. “Ele pode ajudar na formação da retina do feto e também
estaria associado a um menor risco de parto prematuro”, diz. Os canadenses apontam participação da substância na
formatação da placenta. Já Guilherme Loureiro, chefe de medicina fetal da Pro
Matre Paulista, afirma que grávidas que consomem ômega 3 tendem a ter filhos
mais inteligentes. “O nível cognitivo é até 30 % maior do que em bebês cujas
mães não o utilizaram”, explica o médico.
A
alimentação de uma grávida deve ser balanceada, rica em vitaminas, cálcio e
ferro. A prescrição de uma dieta precisa ser individualizada, alerta Carla. “É
necessário saber o que a gestante come normalmente, sua rotina, para encontrar
as opções mais adequadas a cada mulher”, argumenta.
Em alguns
casos, a dieta não dá conta das necessidades da mulher, exigindo o uso de
suplementos de ômega 3. “Gravidez de alto risco, por exemplo, pode aumentar em
até dez vezes a necessidade de consumo de determinadas substâncias e isso só se
alcança com reforço”, diz.
Peixes de
águas profundas, como sardinha, truta e salmão, são a principal fonte de ômega
3. Soja e vegetais verde-escuros, casos do brócolis, couve e espinafre,
completam a lista. “O ideal é inserir esses peixes em duas ou três refeições
por semana e associar os outros alimentos na dieta”, conclui.
Ácido
evita vários males
Outra
substância que deve estar presente na alimentação das gestantes é o ácido
fólico, também chamado de vitamina B9. O elemento ajuda na formação do sistema
nervoso do bebê, prevenindo doenças como a espinha bífida.
“O ácido
fólico evita alterações no fechamento do tubo neural do embrião, que gera
problemas na formação da coluna vertebral do bebê”, explica a obstetra Carla
Kikuchi.
Em
gestações planejadas, recomenda-se o aumento do consumo de alimentos ricos na
vitamina 30 dias antes e até o terceiro mês de gravidez. As principais fontes
de ácido fólico são fígado, leguminosas, como lentilha e feijão, e vegetais
verde-escuros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário