A
presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta segunda-feira, 26, que o governo
cometeu um erro no Programa de Financiamento Estudantil (Fies). De acordo com
ela, o equívoco foi ter passado às instituições privadas o controle das
matrículas dos estudantes.
"(Nós)
fizemos um erro. O governo cometeu um erro e passou para o setor privado o
controle dos cursos (do Fies). Não fizemos isso com o ProUni e não fazemos isso
com o Enem nem com ninguém", declarou Dilma, em coletiva de imprensa após
cerimônia de sanção do Novo Código do Processo Civil (CPC). "Em vez de
você (o governo) controlar as matrículas, quem controlava as matrículas era o
setor privado. E este é um erro que cometemos. Detectamos, voltamos atrás e
estamos ajustando o programa." No final do ano passado, o governo publicou
uma portaria com mudanças regras de acesso ao fundo, que custeia bolsas com
faculdades privadas.
As
modificações dificultam o acesso de estudantes ao crédito estudantil. Passa a
haver, por exemplo, a exigência de uma nota mínima para os futuros candidatos
ao Fies, assim como ocorre com os demais sistemas. O estudante precisará ter
feito pelo menos 450 pontos no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) para poder
tentar uma das vagas do programa. De acordo com Dilma, as matrículas antes eram
feitas diretamente com as instituições. "Agora vai ter de passar pelo
governo. Não aceitamos mais que uma pessoa que tirava zero em português tenha
direito à bolsa. Vai ter de ter uma (nota) mínima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário