É dramática a
situação de 63 presos (homens e mulheres) provisórios na carceragem da 23ª
Coorpin (Coordenadoria de Polícia de Interior) em Eunápolis, após a decisão do
Sindicato dos Policiais Civis da Bahia de fazer cumprir, em todo o estado, a
lei 11.370 que define o papel do investigador de polícia no combate à
criminalidade e não na custódia de presos. Após o terceiro aviso consecutivo,
nesta segunda-feira (18) policiais civis de Eunápolis deixaram de exercer as
funções de carcereiro e comunicaram a decisão, através de ofício, ao
coordenador Evy Paternostro. Eles entregaram as chaves da cadeia pública da
delegacia onde estão hoje 63 presos, sendo que a capacidade do local é para
apenas 22 detentos. Os presos encontram-se confinados às celas, sem
alimentação, sem água, sem banheiro (usando garrafas pet para suas necessidades
fisiológicas), sem banho de sol e sem visita nem mesmo dos advogados. Uma fonte
fidedigna de dentro da delegacia disse que a situação é tão tensa que os presos
já estão gritando e batendo nas grades. Não se descarta a possibilidade de uma
rebelião. Desde segunda-feira (18), quando os policiais decidiram que não vão
mais exercer a função de carcereiros a decisão foi comunicada ao juiz da Vara
de Execuções Penais da Comarca de Eunápolis, Dr. Otaviano Sobrinho que também
já informou a situação à Corregedoria de Justiça do Estado. A Ordem dos
Advogados do Brasil – Seccional de Eunápolis, está adotando providências no
sentido de proteger a integridade dos detentos.
Fonte: RBN
Postado por Calazans
Silva
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