Conta a história que Lampião, durante sua visita a Juazeiro do Norte, para onde se dirigira a convite do padre Cícero Romão, foi entrevistado pelo médico de Crato, Dr. Octacílio Macedo.
Entre várias perguntas que lhe foram feitas, destacamos uma: Não pretende abandonar a profissão? Perguntou o médico.
A esta pergunta Lampião respondeu com outra:
Se o senhor estiver em um negócio, e for se dando bem com ele, pensará porventura em abandoná-lo? Pois é exatamente o meu caso. Porque vou me dando bem com este "negócio", ainda não pensei em abandoná-lo.
Esta resposta nos fez refletir o momento de tensão vivido aqui na região Sul da Bahia, mais precisamente, em Ilhéus, Una e Buerarema, envolvendo pequenos produtores rurais e supostos índios Tupinambás de Olivença.
Algumas observações, entretanto, precisam ser feitas a fim de que possamos analisar a situação, sem, contudo, criminalizar o movimento indigenista, embora particularmente, acreditamos que nenhuma raça deveria ter supremacia sobre a outra sob qualquer pretexto. A final somos todos brasileiros e isso é o que prever a nossa Constituição, embora na prática a coisa seja bem mais diferente: alguns se acham mais brasileiros do que outros.
Tomando por base a resposta de Lampião, voltemo-nos para algumas lideranças do movimento dos supostos índios Tupinambás de Olivença que estão agindo à revelia da Lei, transformando uma região pacífica, economicamente correta, cujo modelo de distribuição de renda é exemplo para o país, em uma verdadeira terra de ninguém.
Tomemos, por exemplo, dois personagens que nos chamam bastante atenção: O cacique Babau e o Negão da Luz. O primeiro é negro, cabelo pixaim, considerado hoje um dos maiores produtores de cacau do Sul da Bahia, sem, contudo ter plantado um só pé de cacau ou comprado nada, auto declarou -se índio, age como se existisse, na Serra do Padeiro, um estado paralelo. Lá, a exemplo dos morros dominados pelo tráfico de drogas no Rio de Janeiro, o Estado só executa suas políticas voltadas para o homem do campo, onde ele quer. Não se constrói estradas, não se faz expansão do Programa Luz para Todos sem lhe pedir permissão. Desdenha de ordem judicial de reintegração de posse das propriedades invadidas e nada lhe acontece. Segundo relatos, o cacique dispõe de todos os tipos de armas e age como juiz e promotor na região
O segundo, também é negro, cabelo pixaim, era eletricista da Meta, empresa que presta serviço a COELBA e, da mesma forma, outro declarou-se índio. É apontado como um elemento de alta periculosidade, assim como o primeiro, é bastante cruel, impiedoso, intolerante, violento, não respeita ninguém. Ao invadir as propriedades, pouco lhe importa se são idosos, crianças ou não. Age com uma violência peculiar aos piores elementos existentes no país.
O caso de D. Dulce, 82 anos, produtora rural, com apenas doze hectares, é um dos exemplos da crueldade desse bandido. Ao invadir a sua propriedade/ residência, com elementos fortemente armados, empurrou-lhe porta a fora, deixando a idosa com um braço quebrado e desmaiada no passeio da casa.
D. Dulce foi arremessada porta a fora ao lado seu esposo Celso Andrade
Os casos de tortura, seqüestro, roubos, agressão, ameaça de morte foram todos relatados a Policia Federal e a comissão de Direitos Humanos para que sejam tomadas as providências necessárias e mande de vez esses bandidos para cadeia.
Esses são apenas dois casos. Existem outros que precisam ser combatidos sob pena de mancharem definitivamente um movimento que foi construído sob a égide da mentira.
Enquanto eles e outros acharem que a profissão de índio é um bom negócio e estiverem se dando bem, jamais vão deixar de praticar esses crimes e quem perde são os verdadeiros índios, se é que existem na região, pois o movimento está totalmente manchados por esses criminosos.
Postado por Calazans Silva